O Ministério da Saúde confirmou o registro do primeiro caso da chamada gripe K no Brasil. A variante da influenza A (H3N2), que já circula com intensidade no Hemisfério Norte, foi identificada no estado do Pará poucos dias após o encerramento da Cúpula do Clima das Nações Unidas (COP30), evento que reuniu delegações internacionais na região.
Origem: a cepa teve início na Europa, espalhando-se por Ásia, África e, mais recentemente, América do Norte.
Monitoramento: segundo a Opas, Estados Unidos e Canadá registram aumento expressivo de casos.
Reação: São Paulo planeja antecipar o calendário vacinal para conter a disseminação no Sudeste.
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Em entrevista à Rádio Eldorado, o secretário estadual da Saúde de São Paulo, Eleuses Paiva, analisou o cenário. Embora classifique a ocorrência no Pará como um “caso isolado”, o gestor reforça que a situação exige vigilância imediata para evitar sobrecarga no sistema de saúde no próximo inverno.
A estratégia defendida pelo secretário é que o Governo Federal antecipe a campanha nacional de vacinação contra a gripe para o final de março de 2026, garantindo a imunização antes do pico de doenças respiratórias.
“O monitoramento deve ser constante. A antecipação da vacina é uma ferramenta crucial para evitar que uma variante importada se torne um surto local.”
Além da preocupação com a influenza, Paiva destacou avanços em outras frentes de imunização. O secretário confirmou a disponibilidade da vacina contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) voltada para gestantes — medida essencial para proteger recém-nascidos de bronquiolites — e sinalizou alta expectativa para a incorporação da nova vacina contra a dengue. Desenvolvido pelo Instituto Butantan, o imunizante de dose única promete simplificar a logística de combate à arbovirose no País.