 "Unsplash")
Um estudo realizado pela organização sem fins lucrativos Clean Label Project acendeu um alerta para consumidores de suplementos: foram encontrados níveis preocupantes de chumbo, arsênico, cádmio e outros contaminantes em diversas marcas de proteína em pó comercializadas no mercado. A pesquisa analisou 134 dos produtos mais vendidos e revelou que a contaminação pode ser um risco oculto em itens frequentemente associados a um estilo de vida saudável.
- O alerta: pesquisa detectou a presença de metais pesados, incluindo chumbo, arsênico e cádmio, em suplementos de proteína populares.
- Produtos vegetais em risco: proteínas à base de plantas, como soja e cânhamo, apresentaram, em média, níveis mais altos de contaminação.
- O paradoxo do orgânico: surpreendentemente, produtos com selo de certificação orgânica tiveram, em média, mais contaminantes que os não orgânicos.
- Origem do problema: a contaminação pode ocorrer tanto pela absorção de metais do solo pelas plantas quanto durante o processo de fabricação e embalagem dos produtos.
Links relacionados
O estudo apontou que as proteínas de origem vegetal foram as que apresentaram os piores resultados. A hipótese é que as plantas utilizadas como matéria-prima, como a soja ou o cânhamo, absorvem os metais pesados presentes no solo onde são cultivadas, transferindo-os para o produto final.
Um dos achados mais surpreendentes da pesquisa foi que os produtos rotulados como “orgânicos” continham, em média, níveis mais elevados de metais pesados em comparação com os produtos convencionais. Além dos metais, a pesquisa também detectou a presença de Bisfenol A (BPA), um composto químico usado em plásticos, em 55% dos recipientes dos suplementos testados.
A exposição contínua a metais pesados, mesmo em pequenas quantidades, representa um risco significativo para a saúde. O chumbo, por exemplo, é um potente neurotóxico que pode causar danos ao cérebro e ao sistema nervoso.
Os resultados do estudo reforçam a necessidade de maior transparência e de uma regulamentação mais rigorosa por parte dos fabricantes de suplementos alimentares. Embora a pesquisa tenha sido realizada com produtos comercializados nos Estados Unidos, o alerta é global, já que muitas das marcas são vendidas internacionalmente e a questão da contaminação de matéria-prima é uma preocupação em toda a indústria.